segunda-feira, 22 de julho de 2013

Maria ama: música britânica

Quem ama música? o/ Então é claro que a Maria não podia deixar de falar de uma paixão que move a gente por aí.


Já pararam pra pensar que muitas das bandas que amamos e que foram influência pra tantos outros conjuntos e músicos saíram da Grã-Bretanha? Seja coincidência, ou não, são sobre grandes nomes do mundo da música que vamos falar hoje.

Londres foi a primeira cidade digamos, cosmopolita, do mundo, pois atingiu a incrível marca de um milhão de habitantes ainda no século XIX. Nesta época, em suas ruas, já circulavam norte-americanos, judeus de descendência polonesa, chineses, africanos, e, claro, britânicos de todas as regiões. Não podemos dizer que era um caldeirão de ideias, uma vez que os tempos não eram tão modernos assim, e o comportamento e "protocolo" britânico ainda imperavam. Mas é inegável que todas estas culturas diferentes convivendo juntas influenciaram - e muito - umas as outras.


Veio um novo século, e uma ferida muito grande no coração do mundo: a Segunda Guerra Mundial. Mas, no após a guerra, Londres se reconstruiu com uma grande rapidez. Um novo ar ganhou as ruas, e novas culturas foram surgindo. Destas novas culturas, a música pop e o rock'n'roll talvez sejam os melhores exemplos.

Ok, o rock é um produto genuinamente norte-americano. O estilo que nasceu misturando os acordes do blues com a melodia do country, e teve como padrinhos Elvis Presley, Little Richard e Buddy Holly chegou a capital britânica na década de 50 e desde então o mundo passou por diversas transformações. Não só no mercado da música em si, mas também naquelas áreas que exercem e sofrem influência da música, como o comportamento e a moda. Desde o rock'n'roll os penteados e os cabelos nunca mais foram os mesmos. E a moda parecia que via cada nova transformação com seus olhos brilhando de excitação.


A conquista do mundo através do rock começou logo com uma ironia das grandes. Um quarteto de rapazes de Liverpool, que usavam terninhos e jaquetas sem colarinho, totalmente inspiradas em Pierre Cardin. Bem-comportados, os Beatles cantavam o amor, e os pais das beatlemaníacas sonhavam que suas filhas casassem com um Paul McCartney. Em 1964, enquanto os Beatles invadiam a América, outra banda já invadia as paradas inglesas. Os Rolling Stones pregavam o sexo, drogas e as bebidas, e faziam pose de rebeldes.

Quase simultâneo ao estouro dos Stones veio o boom do culto aos guitarristas. Estes caras como Pete Townshend do The Who e  Eric Clapton do Cream, exalavam a essência das bandas - genuinamente britânicas, é claro - em que faziam parte. Foi com esta idolatria a guitarra que em 1967 o jovem Jimmi Hendrix abandonou o Exército americano e viajou pra Londres no intuito de revolucionar o som da guitarra.


No final dos anos 60, com o rock já bem estabelecido na Inglaterra e exercendo grande influência na vida dos jovens, e com o fácil acesso as drogas, o universo da música deu mais um passou e Londres provou que pra surgir algo novo em suas ruas não necessariamente a "ultima onda" teria que ter se esgotado. Nasceu então o rock psicodélico e bandas como o Pink Floyd. Músicas longas, letras estranhas, muitas cores na imagem da banda e referências a temas espaciais. tudo junto no caldeirão das pedras rolantes.

Pouco tempo depois, já nos 70, veio o contrário ao psicodélico: o heavy metal. O peso das guitarras era o menu principal, regados a efeitos de distorção e amplificadores modificados. Era a vez de brilhar dos incríveis Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham do Led Zeppelin; e de Ozzy Osbourne & cia do Black Sabbath



Quase simultaneamente a cidade também era invadida pelo glam rock. E nada é por acaso. A revolução sexual estava em pleno vapor no mundo. E nada mais a calhar que um estilo de música em que o rock soava bem pop, e a imagem era quase tão importante quanto o som. No glam rock o visual era cheio de brilho e bem andrógino. David Bowie é a estrela máxima deste estilo musical. Revolucionou muito o mercado da música com sua sua carreira de sucesso que perdura até hoje, e, na época, não tinha vergonha nenhuma de subir aos palcos com maquiagem, glitter no rosto, e roupas femininas.

Engraçado é que na época em que surgiu o glam rock o movimento gay ganhava força no mundo e saía da "clandestinidade" em que era julgado por muitos. O glam rock surgiu nos 70, e foi nesta mesma década que Elton John - um deus da música pra nós aqui da Maria - se mudou pra Londres e que nasceu a banda sem palavras de tão boa Queen, encabeçada por Freddie Mercury.


Do outro lado do atlântico, em um bar decadente de Nova Iorque, surgia uma nova onda. Caras estranhos, em um palco esfumaçado, que mal sabiam tocar, mas tinham muita atitude, e enfiados em jaquetas de couros davam à luz ao punk. Ah, e esta banda era o icônico Ramones. Reza a lenda que o empresário, dono da loja SEX, Malcolm McLaren estava presente em apresentações iniciais do Ramones. Percebendo este novo movimento que invadia não só a grande maça, mas a Alemanha também, McLaren voltou pra Londres, reabriu sua loja - que por mais uma coincidência (ou não!) da vida ficava vizinha a loja da não menos visionária estilista Vivianne Westwood - e contratou um grupo de garotos esquisitos pra tocar o punk com a mesma postura. Sabem que garotos eram estes? Bem, já ouviram falar em Sex Pistols?!

Se muitos achavam que o Sex Pistols não sabiam tocar, 1979 veio a redenção do punk com o lançamento da obra prima London Calling dos muito amados também pela Maria dos meninos do The Clash. Com músicas incríveis como "Should I Stay Should I Go" e "Rock the Casbah" o The Clash abriu o caminho para a virada dos 80 e muita coisa que ele trouxe. Os metais do Iron Maiden, o ska dos talentosos garotos do The Police, as letras lindas e um tanto quanto depressivas do Joy DivisionThe Smiths, os primórdios do rock eletrônico com o Depeche Mode, e até o renascimento do glam rock nas figuras de Boy George do Culture Club, e de Simon LeBon do Duran Duran.


Veio o final dos 80, e começo dos 90. E o cenário da Inglaterra eram as cidades de Manchester e Londres em uma rivalidade pra descobrir qual iria lançar o próximo som do momento. Com este cenário de rivalidade bandas locais cresceram, mas também começaram a pipocar talentos de outras cidades. Primeiro veio o Oasis, de Manchester mesmo, e seus rivais londrinos do Blur. Depois veio os garotos de Oxford que formaram a banda linda Radiohead, e por último temos os também londrinos do Coldplay.

Mas do final dos 80 pra o começo dos anos 2000, muita coisa aconteceu além do citado acima. Nos Estados Unidos surgiu o grunge, e os olhos do mundo se viraram pra Seattle e seus frutos. A cena alternativa inglesa voltou a ganhar força somente no começo do século XXI com nomes como Bloc Party e Artic Monkeys. No meio destas bandas surgia uma garota com rosto angelical, voz meio que sussurrada, e sem nenhum freio na língua. Lily Allen, que atualmente atende pro Lily Rose Cooper, lançou videos da sua música "Smile" no MySpace e inaugurou a era dos músicos que usam internet como forte ferramenta.


Atualmente a Grã-Bretanha vive uma onda de cantoras femininas muito talentosas: além da Lily que em Março de 2014 vai tá lançando novo álbum, também temos Amy Winehouse, Kate Nash, Adele, Florence Welch (do Florence and The Machine), Eliza Doolittle...

O provável é que enquanto escrevemos estas palavras sobre bandas e músicos que tanto amamos, em toda a extensão daquele país algum grupo de garotos, ou quem sabe um músico solitário, esteja ouvindo os mesmos nomes que citamos acima, e que em pouco tempo, estes garotos ou estes músicos também estejam revolucionando a música de novo.


Abaixo deixamos vocês com muitos destes músicos ingleses que falamos anteriormente e, que te desafiamos em dizer quantos que você já escutou sim - e muito! - o trabalho deles.












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